A palavra Logística vem do Francês “logistique”, que deriva de “loger” (colocar, alojar, acolher). O conceito de logística evoluiu da necessidade militar de abastecer tropas que se movem da sua base para uma posição avançada. Nos antigos impérios Grego, Romano e Bizantino, existam oficiais militares com o título de “Logistikas”, responsáveis pelos assuntos de finanças e distribuição de suprimentos. As guerras da antiguidade eram longas e nem sempre ocorriam próximo de onde estavam as cidades. Por isso, eram necessários grandes deslocamentos de um lugar para outro, além de exigir que as tropas carregassem tudo o que necessitariam. Para fazer chegar os soldados, transportar armamentos pesados aos locais de combate, armazenar e a distribuir alimentos, armas, entre outras atividades, era necessária uma organização logística.
O conceito atual de logística nos negócios se desenvolveu na década de 1950. Isto foi devido à crescente complexidade encontrada nos negócios na gestão de materiais e entregas de produtos em uma cadeia de suprimentos cada vez mais global, que requeria profissionais especializadas. O dicionário Oxford define logística como “o braço da ciência militar relacionado com a procura, manutenção e transporte de materiais, pessoal e recursos”. Todas as atividades envolvidas na movimentação de bens para o lugar certo no momento certo podem ser descritas dentro dos termos gerais “logística” ou “distribuição”.
Os componentes de um sistema de logística típico são: planejamento, organização, controle, atendimento ao cliente, previsão da demanda, comunicação da distribuição, controle de inventário, gestão e manuseio de materiais, processamento de ordens e partes, processamento de pedidos, suporte de serviço, obtenção / compras, embalagem, gestão de bens devolvidos, disposição de sobras e rejeitos, transporte e tráfego, armazenagem, transporte e distribuição de bens e serviços.
A movimentação dos produtos pode ser feita de vários modos: rodoviário, marítimo, ferroviário e aeroviário (mudança/ logística nacional ou internacional). A escolha depende do tipo de mercadoria a ser transportado, das características da carga, da prioridade de entrega e, principalmente, dos custos. No Brasil, o modo de transporte de carga mais utilizado é o rodoviário. Mas é preciso adequar o equipamento ao tipo de carga a ser transportada, ou seja, característica da carga define o tipo de transporte a ser empregado. Por exemplo, para carga a granel, é preciso uma carreta graneleira e não um caminhão-baú. Carga líquida apenas pode ser transportada em caminhão tanque. Para distribuir produtos nas cidades, o caminhão-toco é o mais adequado. Estas, entre outras, são variáveis que fazem parte da estrutura logística.
Como ferramental, a logística utiliza (entre outros):
- WMS, Warehouse Management System (sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção). O WMS é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço do armazéns.
- TMS, Transportation Management System, que é um software para melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição. Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada. O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos pelo cliente, consoante as suas necessidades.
- ERP, Enterprise Resource Planning ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial) são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc).
- MRP, Material Requirement Planning (planejamento das necessidades de materiais, PNR). É um sistema de controle de inventário e produção que assiste a otimização da gestão de forma a minimizar os custos mas, mantendo os níveis de material adequados e necessários para os processos produtivos da empresa. Este sistema possibilita às empresas calcularem os materiais dos diversos tipos que são necessários e em que momento, assegurando os mesmo que sejam providenciados no tempo certo, de modo a que se possam executar os processos de produção.
